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  • Foto do escritorFernanda Palhari

Vilão, de V. E. Schwab

Atualizado: 16 de abr. de 2020



O último post no blog foi há alguns meses atrás, de quando eu ainda estava conseguindo conciliar criar conteúdo aqui e no instagram, estudar, fazer estágio e ter uma vida social. Quando percebi que estava sendo muita coisa para dar conta, parei com as postagens aqui e diminuí a frequência das fotos no insta também. Como quem me acompanha já sabe, esse foi meu último ano do bacharelado em Letras: Português/Italiano e foram semestres bem puxados. Além das matérias em si, precisei cumprir os estágios não remunerados das duas línguas, observando e dando aulas, o que acabou consumindo bastante meu tempo. Vou falar mais sobre isso no próximo post, no qual vou mostrar o que fiz para comemorar o fim do curso (nada demais, mas especial mesmo assim) e aproveitar para contar um pouco sobre como foram os últimos meses.


Mas partamos para o que interessa nessa postagem aqui, afinal, se vocês clicaram no título, foi para saber o que achei de Vilão, da Victoria Schwab. Faz séculos que estou querendo ler as obras da autora - Um tom mais escuro de magia está na listinha faz um tempinho, espero conseguir lê-lo em 2020 -, e quando a Galera Record anunciou que lançaria a edição brasileira de Vicious (título original da obra) fiquei bem feliz. Acabei conseguindo comprar o livro na Black Friday da Saraiva junto com Fangirl, da Rowell, e um livro de suspense para a minha irmã - o desconto progressivo deixou os valores ainda menores do que os anunciados hehe - e esperei o semestre terminar para começar a ler a história.



Eu não sabia muito sobre o enredo quando comecei a ler, como, percebi, tem sido característico das minhas últimas leituras, então comecei a história bastante aberta e curiosa sobre o que o livro me traria. Achei o primeiro capítulo intrigante, com acontecimentos que me deixaram com vontade de ler como a cena se desenrolaria, mas vi minha curiosidade sendo de alguma forma podada quando o capítulo seguinte se iniciou e percebi que se tratava de um flash back. Normalmente, amo quando há intercalação entre presente e passado, mas nesse caso o efeito foi o oposto, me deixando desmotivada e com a sensação de que eu não conseguia progredir na história. Acho que o principal motivo foi o tamanho pequeno dos capítulos, principalmente no início da obra. Novamente, costumo amar capítulos curtos, mas aqui a sensação foi de que eles eram curtos demais, não dando espaço ou tempo para que nascesse alguma afeição maior minha pelos personagens.


Por conta disso, acabei enrolando um pouco na leitura do primeiro terço do livro, mais ou menos. Mas como a obra fez tanto sucesso lá fora e também foi tão indicada por algumas amigas do bookstagram, tratei de me dedicar mais à obra nos outros dois terços. Tirei um tempo mais longo para a leitura durante alguns dias, me estimulando de alguma forma a entrar mais na história e a tentar compreender melhor os personagens criados pela Schwab.



Esses personagens, aliás, são bem complexos. Victor e Eli nos são apresentados, na sinopse, como jovens inteligentes e arrogantes, mas a profundidade de ambos vai bem além dessas duas características. A autora conseguiu explorar bastante a dicotomia herói/vilão tanto nos pensamentos, quanto nas ações e falas desses personagens. Dentre os dois citados, Eli me pareceu o mais "previsível" dos dois, enquanto Victor me deixou hesitante quanto a concluir qualquer coisa a seu respeito durante boa parte da leitura. Sendo dele o ponto de vista pelo qual nos é narrada boa parte do início da história, me policiei para não me deixar ser influenciada pelas opiniões dele e tomei cuidado para não deixar a perspectiva dele ditar a forma como eu enxergava as situações e os personagens.


De todos os personagens da história, Sydney foi quem se tornou minha queridinha. O arco de crescimento dela foi o que mais me chamou a atenção, e isso levando em conta que Schwab trabalha bem o desenvolvimento tanto dos personagens principais quanto dos secundários. Acompanhar como ela se adaptou e se transformou ao longo da história foi uma das minhas partes preferidas dessa experiência de leitura.



Ao longo do livro, temos a chance de observar os pontos de vista dos cinco personagens mais importantes da história, o que me deixou bastante feliz. Parece que assim a gente consegue ter uma visão melhor do todo ou, ainda, somos forçados a tentar desvendar, à partir do que nos é dado, o que de fato está acontecendo em determinado momento. Não que sempre exista um certo e um errado - e é justamente esse um dos pontos com que a autora brinca: o que significa ser vilão? O que é ser herói? As cartas estão todas dadas desde o início, ou há sempre algo mais a explorar?


Os EOs, os humanos ExtraOrdinários, que preenchem o livro, me fizeram lembrar os seres com super poderes que cresci acompanhando e que até hoje me fascinam. Amo ler histórias de aventuras ou fantasias protagonizadas por eles, e não foi diferente aqui. Mas acho que o mais bacana de Vilão é como a autora trabalha os conceitos de heroísmo e vilania e os significados por trás deles.



Como eu escrevi lá no início, minha empolgação estava bem grande para ler meu primeiro livro da Schwab, então achei que fazia todo sentido estrear com ele o meu primeiro marcador de páginas feito pela Submarina. O que foi uma ótima escolha, já que ele acabou me deixando mais estimulada para seguir na leitura quando eu não estava conseguindo me manter imersa na história - incrível como os detalhes mais simples são capazes de ajudar, não é? Mas fico feliz em dizer que, apesar de não ter sido fisgada pela obra logo de início, a trama e os personagens conseguiram, sim, me deixar intrigada e com vontade de saber como aquilo tudo se desenrolaria.


Terminei a obra com um sorriso no rosto, feliz por ter finalmente lido um livro da Schwab e por ter gostado da experiência, apesar do porém que relatei ali em cima. Ah, e também quero deixar registrado que gostei bastante do estilo de escrita da autora, que me deixou animada para ler os outros livros dela mesmo quando Vilão ainda não tinha começado a atingir minhas expectativas.



E não vamos esquecer de elogiar a arte que é essa edição! Eu não compreendia o sentido por trás dessas linhas horizontais antes da leitura e mesmo assim a estética já tinha meu coração, então depois que compreendi o(s) motivo(s) delas passei a apreciar ainda mais a arte. Amo quando é possível de fato fazer uma ligação entre a aparência externa do livro e a história narrada ali dentro, ainda mais quando a referência é feita de forma peculiar e/ou marcante.

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❤ Até o próximo post! ❤


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2 comentários


Fernanda Palhari
Fernanda Palhari
18 de dez. de 2019

Acho que você vai gostar muito desse livro, amiga!

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carinasermarini
18 de dez. de 2019

Ameii o post ! Quero muito ler esse livro para descobrir o significado da arte da edição rsrs

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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