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Winterhouse, de Ben Guterson


Título: Winterhouse (livro 01 da trilogia)

Autoria: Ben Guterson

Ilustrações: Chloe Bristol

Livro na Amazon: kindle / paperback / hard cover


Winterhouse é um livro pensado para o público infantil, cuja semente nasceu devido aos pedidos da filha do autor para que ele contasse uma história, durante um passeio que fizeram perto de um lago. Foi ali que ele imaginou, vizinho às águas, um hotel grande e acolhedor, praticamente no meio do nada, onde uma menina iria se hospedar. De acordo com Guterson, foi só muito tempo depois que ele sentou para de fato transformar aquele pequeno conto falado em uma história mais complexa, que se tornaria o livro que hoje podemos ler.


Na história, Elizabeth Sommers, por motivos que não pode controlar, fica hospedada em Winterhouse durante as festas de fim de ano. O hotel é majestoso e, ao mesmo tempo, exala uma atmosfera familiar; tem hóspedes curiosos e um dono ainda mais excêntrico; e uma programação pensada para entreter todo e qualquer convidado durante sua estadia ali - passeios de ski, palestras sobre arte e o que mais se imaginar. É ele o pano de fundo e, de certa forma, o motor da história.



O livro se desenvolve em torno de um mistério em Winterhouse, com o qual a protagonista se depara e que se mostra tentador demais para que ela não tente resolvê-lo. Elizabeth é apaixonada por enigmas, quebra-cabeças, coisas que a desafiem a encontrar uma ordem, descobrir a peça faltante e por aí vai, então esse mistério é a oportunidade perfeita para usar esses dons interessantes que a menina possui.


"She was good at all sorts of puzzles - word searches, hangman, acrostics, cryptograms, any puzzle with words. She specially loved anagrams, and had already mentally rearrenged the letters on the advertising sign at the front of the bus - 'Fred Daul Transportt' to "Dreadful Torn Parts'."


Mas não é apenas por conta do mistério guardado no hotel que Elizabeth se sente a cada vez mais em casa ali dentro. Além dos vários eventos e atividades interessantes, Winterhouse também possui uma enorme biblioteca, capaz de encantar até quem não é lá muito chegado à leitura. E como nossa personagem é uma leitora assídua, apesar da pouca idade, e já leu vários livros que muita gente mais velha só ouviu falar de nome, ela obviamente se vê conquistada por esse novo lugar.



A partir do mistério e do hotel, Guterson desenvolve uma rede de outros temas com uma sensibilidade encantadora. Para nós, adultos, algumas passagens podem ser um tanto óbvias (e isso não influencia negativamente nossa experiência), mas para o leitor criança, a quem o livro é destinado, o autor oferece uma trilha para que o pequenino tente entender as emoções sentidas pela personagem, se sinta participando dos eventos e comendo os deliciosos pratos e doces do hotel e também aprenda junto com Elizabeth algumas lições universais. É o tipo de história que nos deixa com o coração quentinho e é capaz de surpreender em alguns pontos até os leitores mais experientes.


"The moment we start feeling better than other people because of our capabilities is the moment we start to lose ourselves"



Winterhouse é, em essência, uma história sobre a luta entre o bem e o mal. Mas também é o livro perfeito para quem, como Elizabeth, tem uma relação próxima com os livros e entende o poder das palavras. É um livro para os apaixonados pelo inverno, pelo clima natalino, por magia e por histórias de crianças que parecem incapazes de se manter longe de confusão e estão sempre atrás de novas aventuras.


" 'Christmas Eve is a magical time,' he said. 'It is one of the few nights of the year -perhaps the only night of the year- when the spirit of love and peace seems to settle on everyone.' "



Quero comentar também sobre duas experiências de leitura aleatórias. Primeiro, o enorme quebra-cabeças que alguns hóspedes do hotel se dispõem a montar, e em cuja tarefa Elizabeth os ajuda, me lembrou que não vejo um pessoalmente há anos e me deixou morrendo de vontade de tentar montar algum (eu teria que comprar, ou pedir para meus pais trazerem um de casa quando a pandemia passar hehe). E o doce típico do hotel, Flurschen, acendeu novamente minha vontade de fazer as iguarias das histórias que leio aqui na vida real - como a Denise Godinho faz no Capitu vem para o jantar. Ano passado fiz o bolo do Hagrid para o aniversário do Harry, e esse ano tenho planos para essa data e para o aniversário do Percy (Jackson) também, então acho que em algum momento vou tentar fazer essa sobremesa de Winterhouse (acho que o Natal seria uma boa época para isso). Tem mais alguns outros livros nessa listinha também, então veremos.


"She couldn't think of when she might have eaten this candy before, but the taste was as familiar as the feel of her blankets at night or the smell of rain in autumn in Drere."


E outro aspecto que não queria deixar de comentar são as ilustrações do livro. A minha edição é em paperback, então o colorido está só na capa, mas mesmo em preto e branco os desenhos de Chloe Bristol são lindos e nos proporcionam uma sensação ainda maior de estarmos dentro da história.



O livro ainda não tem uma tradução aqui no Brasil, mas por ser um middle grade (público entre sete e dez anos, no caso de falantes nativos) seu nível de inglês não é muito complicado. As frases são simples, e o autor faz uso da descrição e dos detalhes em pontos estratégicos para que as crianças consigam acompanhar o que está acontecendo, o que facilita a vida de quem quer ler o livro mas não é fluente em inglês. Os outros dois volumes já foram lançados e estou torcendo para que eu não demore muito para lê-los hehe.


Espero que esse post tenha conseguido transmitir o quanto gostei de Winterhouse e os tenha deixado animados para ler a história!


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❤ Até o próximo post! ❤


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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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