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Os Contos, Lampedusa

  • Foto do escritor: Fernanda Palhari
    Fernanda Palhari
  • 20 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura

Atualizado: 30 de abr. de 2020


Mais um livro de autoria italiana aqui no blog! O escritor escolhido desse vez se chama Giuseppe Tomasi de Lampedusa, também conhecido como o príncipe de Lampedusa. Essa obra é uma reunião dos contos por ele deixados, publicados postumamente, chamados Recordações da infância, A alegria e a lei, A sereia e Os gatinhos cegos. A edição ali da foto contém também uma Apresentação feita pela tradutora, Lorena de Stauber Caprara. Vou fazer um resumo rápido sobre cada um dos contos para vocês terem uma ideia melhor de sobre o que eles tratam.

O primeiro e mais longo, Recordações da infância, é uma passagem pelas memórias dos tempos em que Lampedusa ainda era uma criança. Ele descreve as várias casas e propriedades da família, sua arquitetura e decoração, de acordo com o que permitem suas recordações - é opulência página sim, página não. Ele nos conta suas impressões diante tanto de acontecimentos importantes da história italiana, quanto de atividades normais do dia a dia.

O segundo conto, A alegria e a lei, é o mais curtinho de todos. Ele nos mostra um contador, bastante esforçado em seu trabalho mas cheio de dificuldades financeiras devido ao pequeno salário. Ele acaba ganhando um panetone da empresa como reconhecimento pelo bom trabalho e o leva para casa, feliz em mostrar o prêmio à família. Mas no fim das contas o que importa mesmo é o décimo terceiro que recebeu adiantado, que servirá para pagar as contas atrasadas e algumas que ainda estão por vir. Acho que dentre os quatro esse é o que mais se assemelha a nossa realidade financeira de estar atento ao dinheiro que entra e que sai. Gostei do fato de o autor chamar a atenção para a pasta que o personagem carrega no braço, cheia de contas das quais ele cuida e com um saldo provavelmente bem maior do que o existente na dele própria.

O terceiro conto, chamado A sereia, tem como personagem principal um grande estudioso da cultura grega, conhecido como Senador, o que obviamente fez com que a amante de mitologia dentro de mim elegesse essa história como sua preferida do livro. Esse Senador parece nutrir certo desprezo pela condição humana, e nós passamos o conto inteiro sem entender direito por quê - eu imaginei até mesmo a possibilidade de ele ser um deus ou algo assim. Só mais lá para o fim da história é que ele finalmente revela suas aventuras da juventude que refletem no modo como ele escolheu viver sua vida.

O último conto, Os gatinhos cegos, enfoca em um homem extremamente ambicioso cujo hobby é comprar propriedade atrás de propriedade. Ele tem até mesmo um mapa localizando cada uma de suas terras, e sua meta é comprar aquelas que se encontram no meio do caminho entre uma e outra. Na história também aparece aquele costume pra lá de habitual em qualquer canto do mundo, o de fazer especulações sobre a vida alheia. Como a família compradora de terras é bastante reclusa, resta aos habitantes da cidade tentar adivinhar como eles vivem e quão alta é sua fortuna.

Eu gostei bastante do livro e de ter conhecido o autor. Ele escreveu também um romance, chamado O Leopardo, que quero ler pra ontem (e assim que possível faço um post sobre por aqui)! Eu aluguei a edição dos contos que usei para a postagem na biblioteca da minha faculdade, mas romance é bem mais fácil de ser encontrado (volumes físico e online), então talvez seja mais interessante para vocês começarem por ele.

❤ Até o próximo post! ❤

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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