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Sol da meia-noite, de Stephenie Meyer



Visitar novamente o mundo de Crepúsculo me trouxe uma sensação de "volta para casa" muito gostosa e me deixou bastante feliz. Ao mesmo tempo, reler a história do livro pela perspectiva de Edward, todos esses anos depois, quando minhas percepções sobre tantas coisas mudaram ou foram afinadas, deixou claro que alguns aspectos da história não são saudáveis e precisam ser referidos como tal, para que não deixemos que passem batido. Ainda assim, a série continua tendo um espaço especial no meu coração - afinal, ela teve um papel importante na minha formação como leitora.


Como sabia que provavelmente marcaria várias passagens, já iniciei a leitura acompanhada de tags coloridas para marcação. Usei cores diferentes para destacar trechos que me chamaram atenção ou eram chaves para a construção da trama; menções a referências externas sobre as quais eu gostaria de pesquisar mais depois, como compositores, modelos de carro, e até uma receita que quero fazer (cozinhar as comidas que leio nos livros tem se tornado mais e mais comum por aqui) - quem se lembra do ravióli de cogumelos?; personagens que aparecem rapidamente mas são importantes no futuro dos protagonistas; etc. Marcar tudo o que senti vontade de destacar deixou minha experiência de leitura ainda melhor :)



Sendo Sol da meia-noite narrado por Edward, o ponto alto dessa versão para mim foi poder entender melhor o vampiro, e também conhecer mais da família Cullen como um todo. A admiração do protagonista por seu pai adotivo, Carlisle, fica bem mais palpável aqui, e ela tem um papel crucial na forma como o vampiro mais jovem enxerga a si mesmo. Além disso, os talentos de Edward nos garantem um pequeno passeio pelas mentes dos membros da família, o que também nos permite dar um passo para dentro desse mundo tão secreto em que eles vivem.


Essa mudança na perspectiva deixa ainda mais claro como alguns aspectos do relacionamento de Edward e Bella não são saudáveis. Há bastante paranoia da parte do vampiro e a vida sem o outro passa a ser considerada um cenário impossível para ambos. O que na série original fica evidente apenas no segundo volume, aqui já fica claro desde o início de forma bem gritante. Ao mesmo tempo, a forma como um enxerga o outro é tão pura e benevolente que a gente deseja que eles possam trocar de perspectiva, assim como nós, para enxergarem a si mesmos como eles tem o direito e merecem ser vistos.



O talento de Edward também nos mostra outras facetas do mundo humano na história, e conseguimos ter um panorama mais abrangente do que a perspectiva de Bella nos oferece - aliás, há alguns pontos sobre ela que só descobrimos nesse volume. Conseguimos saber os pensamentos por trás das ações de praticamente todo mundo, o que com certeza nos permite imergir mais profundamente na história.


Além disso, toda a mitologia da trama continua me conquistando. As passagens sobre vampiros e lobisomens, assim como as várias menções a uma deusa grega específica deixaram meu lado fã de mitologia bastante feliz, mesmo que as circunstâncias na história nem sempre fossem das mais alegres. Ah, e as menções aos Volturi e a Volterra, agora que minha relação com a Itália e com o Renascimento é mais profunda, contribuíram para que o livro se tornasse em vários pontos um "quentinho no coração".



Outro ponto que me deixou bastante feliz em Sol da meia-noite foi a grande presença da floresta, da neblina, da chuva. Não me recordo de isso fazer muita diferença para mim quando eu era adolescente, mas estando na fase em que me encontro hoje, buscando ter um contato maior com a natureza, toda essa presença dela na história foi um ponto extremamente positivo na minha experiência de leitura. E para melhorar ainda mais, o livro chegou aqui em casa bem no aniversário de casamento de Edward e Bella, no dia 13 de agosto, fazendo com que eu lesse a obra durante os dias frios e chuvosos que fizeram aqui nesse período - havia ficado incomodada com a demora (o lançamento foi dia 04), mas quando percebi todas essas coincidências fiquei é feliz.


Minha relação com a história com certeza seria diferente se a tivesse lido pela primeira vez com a idade e experiência/perspectiva que tenho hoje, mas sendo fã de longa data e tendo ela sido tão importante na minha adolescência, essa jornada de uma humana e de um vampiro, tão clichê em alguns aspectos e tão singular em outras, continua me tocando profundamente.



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❤ Até o próximo post! ❤


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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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