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Livros com capas que me lembram o outono

  • Foto do escritor: Fernanda Palhari
    Fernanda Palhari
  • 15 de abr. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 30 de abr. de 2020


Estou com vontade de criar várias listinhas temáticas por aqui e, como capas de livros são algo que me chamam muito a atenção, resolvi fazer uma inspirada na estação em que estamos, o outono. Eu costumo me importar bastante com a edição física das obras, tanto com a revisão textual quanto com a arte da capa e coisas afins, então é um tema com o qual me identifico bastante.

A seleção é de capas que por algum motivo me lembram o outono e que guardam histórias que gostei muito de ler. Vou falar um pouquinho sobre cada livro embaixo de cada foto e também deixar os links do Skoob, tanto para as obras quanto para os autores, já no título.

Esse eu escolhi pelos tons de marrom e pela árvore nua que é a cara do outono. Um dia de cada vez conta a história de dois protagonistas que passam por situações bastante complicadas e acabam ajudando um ao outro. Alexi é uma adolescente do ensino médio que sofreu uma agressão extremamente traumática e que, por vergonha, tenta esconder o ocorrido a todo custo. Ela obviamente não tem culpa alguma em relação ao ocorrido mas, como vítima, Alexi não consegue falar sobre o que aconteceu e carrega sozinha os traumas acarretados por essa agressão - ela começa a se arranhar e a contar de forma compulsiva. A única coisa que a ajuda são algumas letras de música deixadas em uma das carteiras da sala de aula, escritas por alguém misterioso.

Bodee, por sua vez, é um rapaz da mesma escola de Alexi conhecido como o Garoto Ki-Suco, já que vive tingindo os cabelos com cores diferentes. Ele foi criado em uma família bastante problemática, com um pai abusivo que acabou assassinando a esposa, mãe de Bodee. Quando ele vai morar na casa da família de Alexi, os dois começam a se abrir entre si por, de alguma forma, se reconhecerem um no outro.

O livro traz uma história triste, difícil, mas também encantadora. Ver Alexi encontrar sua força e sua voz ao longo das páginas é uma experiência incrível. A parceria que vai crescendo entre os dois protagonistas também é algo cativante.

Essa capa também entrou para a lista por conta dos tons de marrom. No livro lemos a história de Jacob, que ele próprio narra muitos anos depois. Jacob é um estudante de veterinária, mas não comparece às provas finais devido ao acidente que ocasionou a morte de seus pais. Sem destino certo, ele acaba indo parar na trupe de circo dos Irmãos Benzini, em pleno início da Grande Depressão. A vida no circo é difícil e cheia de obstáculos, mas também é dentro dele que Jacob encontra dois novos amores, a elefanta Rosie, que todos julgam ser estúpida, e Marlena, responsável pelo número com os cavalos.

É um livro cativante, que mostra as dificuldades de ser um artista circense naquela época, as atrocidades que eram cometidas com os animais e o modo extremamente precário em que a maioria dos trabalhadores das trupes viviam. Eu me envolvi com a história do início ao fim, seja chorando nas partes de cortar o coração ou rindo nos momentos mais felizes da história.

Essa capa de Um Dia me lembra a estação por conta dos tons e do 'apagamento', que de alguma forma me remete a queda das flores. Acho que esse é o tipo de livro que ou você ama, ou você odeia. E eu amei, do início ao fim. Ele traz a trajetória de Emma e Dexter, que se conhecem na formatura da faculdade e mantém contato, de uma forma ou de outra, durante os vinte anos seguintes. As histórias e novidades, boas e más, da vida de cada um nos são contadas quando ambos se encontram, sempre no dia 15 de julho.

Um Dia narra a vida de duas pessoas que se tornam amigas, desenvolvem sentimentos mais profundos uma pela outra, conhecem novas pessoas, passam perrengues, se encontram e desencontram durante duas décadas. Para mim é uma história apaixonante e com a qual é muito fácil se identificar. Tudo bem direto, tanto a forma de narrar quanto os acontecimentos. Não há um véu de contos de fadas deixando os momentos ruins mais bonitos, eles estão lá e ponto. E os momentos felizes se põem como tal também, sem mais adornos.

O pôr do sol dessa capa me traz a mesma sensação das cores apagadas do livro anterior e, como ela também está cheia de tons de marrom, eu não podia deixá-la de fora dessa lista. Charlotte Street possui uma história de amor, mas para mim a história central é a da vida de Jase, um homem que parece ter parado no tempo depois de passar por um divórcio.

Certo dia ele ajuda uma moça a entrar num táxi na rua Charlotte e acaba ficando com a câmera dela nas mãos. Alguma coisa na mulher, durante aquele breve encontro, o deixa curioso e o instiga a tentar descobrir quem ela é. E à partir dessa busca improvável ele vai encontrando, na verdade, o caminho de volta para si mesmo.

Depois de completar a lista percebi que duas das capas são inspiradas nos filmes para os quais as obras foram adaptadas, e isso não é algo muito comum de acontecer comigo. Na grande maioria das vezes prefiro as artes originais - na verdade fico meio irritada com essa mania de relançar o livro com a capa do filme -, mas esse não foi o caso com essas obras aqui.

Esse é um post da tag LISTINHAS LITERÁRIAS que criei aqui para o Coisas de Fernanda. Para ver mais seleções temáticas de livros é só clicar na tag logo aqui embaixo da postagem ou lá na coluna à direita da página inicial do blog. Ah, e se tiver gostado do post, não esquece de clicar no coraçãozinho ali embaixo!

❤ Até o próximo post! ❤

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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