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Em algum lugar nas estrelas, de Clare Vanderpool

Atualizado: 30 de abr. de 2020


Em algum lugar nas estrelas foi um livro que amei logo à primeira vista, por conta da capa maravilhosa feita pela editora DarkSide. Mas é claro que não dá para julgar um livro só pela capa, então fui procurar saber mais sobre a história e acabei me apaixonando mais ainda por ele. Quando vi que essa era a obra do mês do clube Infinistante, só faltou pular de alegria.

O livro conta a história de Jack Baker, um adolescente do Kansas que, após a perda da mãe, se muda para uma escola do Maine localizada perto do acampamento militar de seu pai, que voltou para o exército devido a Segunda Guerra Mundial. Como o falecimento da mãe é recente, o menino se lembra dela bastante frequentemente, citando situações ocorridas durante sua infância e como a mulher reagia à elas. Há uma trecho bastante especial em que ela fala sobre as estrelas e sobre como deveríamos primeiro admirá-las, para só depois nos guiarmos por elas. O livro, principalmente no início, está cheio de passagens desse tipo, que aquecem nosso coração e nos fazem pensar.

Na nova escola Jack conhece alguns garotos, mas se aproxima mais de um em especial, o rapaz que falta à maioria das aulas e parece ser um tanto diferente dos demais. Inconscientemente, Jack vai entrando aos poucos no mundo de Early Auden, um menino morador do antigo quartinho do zelador que ouve músicas de cantores específicos em determinados dias da semana. Early, na verdade, é um rapaz autista, capaz de fazer cálculos difíceis bastante rapidamente, que organiza balas com certo padrão para se acalmar ou conseguir organizar os pensamentos e que enxerga o mundo de uma forma diferente da maioria das pessoas.

É justamente essa outra forma de ver o mundo que o torna tão especial. Ele percebe detalhes cuja existência a maior parte das pessoas nem ao menos nota. Ele, por exemplo, enxerga uma história por trás dos números de pi (aquele que começa com 3,14 e não acaba mais), na qual Pi seria um garoto que se guia pela constelação da Ursa Maior (que representa sua mãe) mas acaba se perdendo após se deslocar por tempo demais sem olhar para ela.

Durante uma semana de férias Early decide ir para a Trilha Apalache encontrar a Ursa Maior e trazer Pi de volta para casa e Jack acaba indo com ele. Durante esses dias, aos poucos vamos entendendo porque é tão importante para ele que Pi esteja bem e apenas precise de ajuda. O bacana é que a história vista por Early em pi se parece muito com as aventuras e os perrengues que os dois amigos enfrentam nessa repentina jornada.

Eles se aventuram na floresta, encontram homens amigáveis e outros nem tanto, são confundidos por outras pessoas e passam por mais mil e uma peripécias. Early é aquele que está sempre prevenido, tem os unguentos para picadas de insetos e tudo o mais. Para mim, ele é a estrela do livro. Jack, por sua vez, me divertiu horrores com a narração. Ele é um menino um tanto rabugento e mais maduro do que pensei poder ser alguém da sua idade. A jornada de ambos até a Ursa Maior, que na realidade é um urso de verdade que têm causado medo na Trilha Apalache, traz um grande aprendizado para os meninos. E é bonito demais acompanhar os dois por esse caminho.

Em algum lugar nas estrelas é um livro extraordinário que conquistou um espacinho bastante especial no meu coração, e espero que conquiste vários outros nos coraçõezinhos de vocês também.

❤ Até o próximo post! ❤

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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