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Orgulho e preconceito, de Jane Austen

Atualizado: 30 de abr. de 2020


Como vocês sabem, tenho relido os romances de Austen que tenho aqui em casa, e essa tem sido uma experiência maravilhosa! Acho que essa foi a terceira vez que li Orgulho e preconceito e fiquei bem feliz ao reparar que minha percepção sobre alguns detalhes da obra ficou mais aguçada. Vale lembrar que os romances da autora se desenvolvem basicamente em torno da vida social dos personagens, então seus livros tem uma estrutura diferente da que estamos acostumados a ver nos romances contemporâneos, com grande número de personagens, nomes de famílias, nomes de residências e assim por diante.

Austen começa a história contando que todo homem com uma quantia considerável de dinheiro deve encontrar uma moça com quem casar, e são justamente especulações nesse sentido que começam a ser feitas logo que novas pessoas chegam à vizinhança da família Bennet. Os Bennet são uma família com cinco filhas, sendo Elizabeth a mais racional e dona de um humor bastante sarcástico. Já sua irmã mais velha, Jane (Srta. Bennet), é a bondade em pessoa, enquanto Mary está sempre enfiada nos estudos e tem uma atitude um pouco pedante. Catherine e Lydia são um tanto tolas e falam apenas de bailes e rapazes. A mãe é uma figura de comportamento bastante descabido e que pensa apenas em casar bem todas as cinco, enquanto o pai, apesar de inteligente, se comporta desleixadamente quanto à educação das filhas.

No começo do livro conhecemos a família Bennet, seus vizinhos e o novo grupo de amigos que chegam na região e sobre os quais logo todos começam a falar. Entre eles está Sr. Bingley, um jovem com renda considerável que logo conquista a admiração de seus novos conhecidos. Sr. Darcy, entretanto, apesar da fortuna consideravelmente maior, não tem tanta habilidade quanto o amigo para lidar com desconhecidos, sendo logo taxado como um homem extremamente orgulhoso. As irmãs de Bingley têm boa desenvoltura social quando querem, mas se consideram infinitamente superiores a todas aquelas pessoas do interior.

Outro grupo novo na região é a milícia do exército que se instala nas cercanias, sobre a qual recaem as atenções de praticamente todas as moças da vizinhança. Das irmãs Bennet, Lydia e Kitty são as que mais se deixam encantar pelos homens e seus uniformes, mas também a atenção de Elizabeth é conquistada por um oficial em especial, o Sr. Wickham, possuidor de charme e beleza consideráveis. Jane, por sua vez, se interessa por Bingley, que também volta seus olhos para a moça.

O personagem que sempre me cativa desde o início, entretanto, é o Sr. Darcy. Desde cedo percebemos seu encanto por Elizabeth e como ele tenta com afinco resistir a atração que ela exerce sobre ele, além de manter sempre uma atitude racional e honrosa, apesar de um tanto preconceituosa no que diz respeito a classes sociais. Também gosto muito de Lizzie e de sua sagacidade, mas me irrito um pouco com o fato de ela julgar tão precocemente o caráter das pessoas ao seu redor. Justamente ela, tão observadora, comete erros de julgamento bastante graves e que levam a grandes desentendimentos.

Como diz o título, o orgulho, o preconceito e o pré-conceito são os grandes causadores de problemas na trama. Ao longo da história, os personagens precisam reconhecer seus defeitos e erros, para à partir daí serem capazes de construir algo diferente e melhor em suas vidas. Austen usa bastante ironia para descrever as mais diversas situações, exigindo do leitor bastante atenção para entender que opinião ela está querendo transmitir e como ela veladamente - ou nem tanto assim - critica vários dos costumes da sociedade da época.

Esse livro possui um lugar muito especial no meu coração (ele é meu preferido) e não é à toa que o terminei já querendo começar a relê-lo novamente. Alguns dos personagens secundários me são particularmente cativantes, como é o caso da Sra. Gardiner, tia de Lizzie. A maioria das pessoas já ouviu ao menos falar da obra, o que já é ótimo, mas acho que mais do que ter sua existência conhecida, Orgulho e preconceito é uma história que merece ser lida por todo mundo ao menos uma vez na vida.

❤ Até o próximo post! ❤

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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