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O retorno do jovem príncipe, de A. G. Roemmers

Atualizado: 6 de abr. de 2020


Título: O retorno do jovem príncipe

Tradução: Paulo Afonso

Editora: Fontanar / Objetiva

Li O retorno do jovem príncipe com a ajuda da Maratona Encalhados 2018, criada por alguns igs literários, o @batidasliterarias, o @curtaleitura e o @lilinomundodoslivros. Eu o trouxe para Sampa quando voltei das semanas que passei na casa dos meus pais e achei que a maratona era a oportunidade perfeita para finalmente conseguir ler a obra, que estava "encalhada" há anos. A proposta incluía cinco desafios, mas acabei fazendo apenas três deles.

Esse livro aqui ficou na categoria "Livro que está há mais tempo encalhado", enquanto Caiu do céu se encaixou em "Livro que você ainda não leu por receio do que irá sentir com a história" e A festa de casamento em "Livro com mais páginas encalhado" (as resenhas desses livros vão sair um poquinho mais para a frente ;) ). Esses títulos não são todos os meus encalhados da estante, mas me propus a ler somente eles porque era o máximo que eu conseguiria dar conta dentro do prazo da maratona (03-17/08).

O pequeno príncipe, livro inspiração para a obra foco desse post, é um livro pelo qual nutro muito carinho e que sempre me pego querendo reler, só para poder absorver mais da mensagem lindíssima que ele passa. Então estava com um pouco de receio quanto a como me sentiria lendo uma espécie de continuação da história, escrita anos depois, por um outro autor. E acabei tendo alguns sentimentos conflitantes durante a leitura.

No início gostei bastante, o prefácio antevia um livro com uma mensagem ao menos tão boa quanto a história que o inspirou e a pequena introdução me lembrou bastante o tom de Exupéry em sua obra célebre. Mas logo a seguir, nos primeiros capítulos, percebi que a forma como o livro foi escrito não me agradava tanto assim. O amigo do agora Jovem Príncipe, que o encontra na beira de uma estrada na Patagônia e nos conta a história dos momentos que passou com ele, tem tendência a falar demais e a querer ter resposta para tudo, então de certa forma ocorrem vários monólogos com algumas interrupções de concordância ou questionamento por parte do nosso querido habitante de asteroide.

Quando cheguei ao fim do livro percebi que fazia sentido todo aquele falatório durante os capítulos anteriores e que aquelas reflexões eram importantes para o narrador (e para nós também, consequentemente). Mas, de toda forma, foi algo que me incomodou durante toda a obra e que fez com que minha experiência com a história não fosse tão boa quanto poderia ter sido. Talvez eu tenha sentido falta da linguagem aparentemente simples mas mais poética e menos clara de que gosto tanto em O pequeno príncipe.

Entretanto, não ter me identificado a com maneira como o livro foi escrito não me fez desgostar de todo da obra. Muito pelo contrário, as reflexões que ela traz são extremamente válidas e necessárias. O narrador e o Jovem Príncipe conversam sobre temas que fazem parte do nosso dia a dia, como a nossa constante preocupação com o futuro e a forma como enxergamos as pessoas ao nosso redor. Esses dois assuntos foram alguns dos que mais me chamaram a atenção, mas há vários outros - tantos que eu teria que reler a obra a fim de elencá-los.

Terminei a leitura com uma sensação de gratidão, tanto por finalmente ter lido o livro depois de tantos anos quanto por ter gostado da história, no geral. Valeu muito a pena passar algumas horas no meio das páginas de O retorno do Jovem Príncipe. A obra definitivamente me deixou refletindo sobre algumas coisinhas bem importantes e que, percebi, dialogam com assuntos que venho pensando já há algum tempo e que me fizeram, por exemplo, adotar a yoga como parte do meu dia a dia e que se resumem, basicamente, a tentar ser uma pessoa melhor para mim mesma e para quem está ao meu redor - e ainda, numa escala bem maior, para todo mundo que habita esse planeta; afinal, é com cada um fazendo um pouquinho que as coisas mudam.

Já deu para perceber que as poucas páginas de O retorno do Jovem Príncipe trazem um conteúdo enorme e muito bacana, não é? E ele fica ainda maior quando conseguimos nos identificar com algum dos temas abordados e desenvolvê-lo na nossa cabeça, conversando com alguém sobre e colocando a teoria em prática. Aconselho muito a experiência :)

❤ Até o próximo post! ❤

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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