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Sussurro, de Becca Fitzpatrick

Atualizado: 6 de abr. de 2020


Título: Sussurro (Hush, Hush)

Tradução: Livia de Almeida

Editora: Intrínseca

Estou fazendo este post num dia bem chuvoso e frio aqui em São Paulo enquanto tomo um cappuccino bem quentinho. E esse tempo nublado e um tanto incerto tem tudo a ver com boa parte da atmosfera do livro da resenha, Sussurro, primeiro volume da série Hush, Hush. Li os quatro livros que a compõem anos atrás, no ensino médio, e lembro de ter gostado muito de cada um deles. Quando vi a notícia de que Sussurro seria adaptado para o cinema pensei em fazer uma releitura, mas não tenho os livros aqui em casa. Por sorte, a biblioteca que descobri recentemente e fica aqui pertinho de onde moro tem o primeiro volume e aproveitei para alugá-lo. Espero conseguir fazer isso com os outros volumes também!

O universo da série tem dois lados principais, um mais "normal" e outro sobrenatural. A protagonista, Nora, é uma estudante comum que se dedica e espera conseguir uma boa bolsa de estudos para a faculdade. Ela tem uma melhor amiga que ama muito e com quem se diverte bastante, mesmo nas situações mais simples. O lado sobrenatural do universo é introduzido logo no prólogo do livro, onde somos apresentados às figuras de anjos caídos e neflins, que são filhos de anjos caídos com humanos.

O prólogo é escrito em terceira pessoa, mas todos os outros capítulos são contados em primeira pessoa pela protagonista. É dentro de seu universo "normal", a escola, que ela conhece Patch e aos poucos vai descobrindo o sobrenatural que a cerca. Alguns outros fatores também influenciam para que ela se envolva a cada vez mais com esse mundo invisível aos olhos humanos. Acho que, na verdade, Nora é a única personagem de quem realmente gostei. Apesar de tudo que começa a acontecer na vida dela, a protagonista tenta sempre manter o pé no chão e agir com racionalidade

Também gostei da personagem da melhor amiga de Nora, Vee, que está sempre tentando aproveitar a vida e ser feliz, mas às vezes a senti desleixada demais com a própria segurança, algo que me deu vontade de entrar no livro para dar algumas dicas à moça. A figura de Patch, por sua vez, também não me conquistou muito nessa releitura. No início do livro ele age de formas com as quais não concordo, mas que são possíveis de entender depois que compreendemos qual era a situação dele naqueles momentos. Mas, além disso, fiquei incomodada com algumas coisinhas que aconteceram mais lá para o final do livro - e aqui, na verdade, o que me incomodou foi o que ele não fez. Não consigo lembrar dos detalhes dos livros seguintes, já que faz anos que os li, mas parece que há um motivo para ele ter ficado um tanto inativo mais lá para o fim e espero realmente que seja esse o caso e que eu consiga entender suas razões.

As figuras dos antagonistas me pareceram bem mais críveis do que a de Patch, o protagonista. O pano de fundo da história deles me pareceu mais bem construído e suas atitudes fizeram mais sentido para mim do que as do personagem principal. Eu senti como se Patch meio que ficasse de lado dos acontecimentos, na verdade. Mas ao mesmo tempo ele é e age como figura importante na história também. Ficou meio confuso, eu sei - e foi exatamente assim que me senti enquanto lia.

Apesar de não ter gostado muito da construção de alguns personagens (perspectiva que espero mudar lendo os próximos volumes), gostei muito da história do livro e o terminei já querendo ler o próximo da série, Crescendo, principalmente por conta de Nora - como escrevi ali em cima, gostei bastante dela.

Outro ponto que curti no livro foi a atmosfera um tanto ambígua da casa de Nora. Ao mesmo tempo que a construção é seu lar, onde realmente se sente em casa, o terreno onde ela está localizada está sempre envolto por névoa ou por vento, principalmente durante a noite. E acho que esse pequeno espaço já abriga de alguma forma os dois mundos que compõem o universo da série. Ah, e preciso fazer um comentário: a sensação, no início do livro, era de como se eu estivesse lendo Crepúsculo - o colégio, a névoa e a mistura do sobrenatural com o que consideramos "normal" me remeteram imediatamente a Forks, tanto que fiquei com vontade de ler a obra de Meyer novamente. Mas as duas séries tratam sobre seres completamente diferentes e ao longo da leitura ficamos tão imersos dentro do livro de Fitzpatrick que paramos de fazer as pontes com o mundo dos vampiros.

Espero conseguir ler logo o próximo livro. Meu semestre da faculdade já se inicia agora em agosto, então o tempo para outras leituras vai ficar mais escasso, mas vou tentar ler um volume da série por mês - estou com fé que vai dar certo. Ah, e estou planejando um post sobre estudos (de italiano) e outro sobre séries coreanas (gratuitas) que devem aparecer logo, logo por aqui.

❤ Até o próximo post! ❤

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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