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A festa de casamento, de Patricia Scanlan

Atualizado: 6 de abr. de 2020


Título: A festa de casamento (Forgive and forget)

Autoria: Patricia Scanlan

Tradução: Carolina Caires Coelho

Editora: Essência

A festa de casamento foi o terceiro e último livro que li para a Maratona Encalhados 2018 (organizada pelos igs @batidasliterarias, @curtaleitura e @lilinomundodoslivros). Já publiquei as resenhas das outras duas obras por aqui, O retorno do Jovem Príncipe e Caiu do céu. Encontrei esse livro por acaso em uma banca de revista anos atrás e só fui descobrir que ele tem uma continuação, chamada Felizes para sempre?, quando estava lendo a obra.

A história é narrada por várias pessoas que têm um ponto em comum, Debbie Adams, a jovem de vinte e poucos anos que logo irá se casar. Todos os narradores a conhecem e fazem parte da vida dela de alguma forma - temos o ponto de vista dela própria, o da sua mãe, o do seu noivo, o do seu pai, o da madrasta, o da irmã, o da chefe e o da mãe da chefe. A autora trabalhou com personagens de idades variadas, com diferentes ocupações, crenças e situações financeiras, o que acaba apresentando ao leitor sentimentos, comportamentos e preocupações dos mais variados tipos que uma pessoa pode ter ao longo de toda a vida. E esse foi o ponto alto do livro para mim.

Ao longo de toda a leitura o que mais gostei foi a oportunidade de presenciar a vida de várias pessoas em contextos tão diferentes ao mesmo tempo. Debbie está prestes a se casar com o homem que ama, mas que tem seus defeitos. Ela ama sua mãe, Connie, mas tem sérios problemas com o pai, Barry. O noivo, Bryan, passou a vida inteira sendo mimado pela mãe e pelas irmãs, então não tem noção do que é cuidar de uma casa e só pensa em se divertir nas horas que passa longe do escritório. Connie para mim é a melhor personagem da história toda. Ela sofreu quando Barry disse que queria terminar o casamento, mas seguiu em frente com a própria vida e continuou sendo uma pessoa maravilhosa.

Barry, por sua vez, tenta recuperar a relação com a filha, cujo amor perdeu desde que decidiu sair de casa - e o fato de ter passado anos nos EUA e depois ter se casado novamente não ajudou em nada a situação. Aimeé, a segunda esposa de Barry, é viciada em trabalho e precisa garantir o sucesso a qualquer custo, o que acaba distanciando-a da própria família e dos amigos. Melissa, a filha dos dois, é uma adolescente que foi criada mais com a presença de objetos do que da família. Ela consegue ver o pai mais frequentemente, mas a mãe, que vive viajando, ela praticamente não vê.

Judith, a chefe de Debbie, tem sucesso profissional mas é extremamente infeliz e culpa a mãe por tê-la obrigado a voltar para casa quando era mais nova para cuidar do pai e tê-la impedido de ir embora quando ele faleceu, destruindo suas chances de felicidade e de ter a vida que ela havia planejado. Lily, por outro lado, tem medo de ficar em casa sozinha e acabou se tornando extremamente dependente da filha mais nova, já que os irmãos de Judith não movem um dedo para ajudá-la a cuidar da mãe.

Perceberam como o livro faz uma grande teia de relações e histórias? Eu falei apenas o mínimo sobre cada personagem, mas mesmo assim ainda ocupei três parágrafos. E, como comentei ali em cima, foi justamente essa trama o que mais gostei na obra. As histórias, por si só, poderiam ser um pouco cansativas se não fossem bem desenvolvidas, mas quando todas se justapõem o cenário muda e a experiência de leitura se torna completamente diferente e muito mais dinâmica.

Mesmo com os vários pontos de vista, entretanto, acho que seria possível completar a história com apenas um livro. Não vi necessidade de prolongá-la por mais quatrocentas páginas (esse volume já tem 395) e penso que a autora poderia ter dado uma espécie de fechamento para os personagens em apenas um volume. Scanlan deixou a vida de alguns personagens ao mesmo tempo em aberto e com indícios do que aconteceria, mas a situação acabou me parecendo um tanto forçada - não me pareceu necessária a existência de tantas pontas soltas.

Mesmo assim, gostei bastante da história e fiquei feliz por finalmente ter tirado a obra da listinha de "encalhados", haha. Essa maratona realmente me ajudou a criar coragem para ler alguns volumes que estavam na estante há séculos. Ainda faltam alguns títulos para serem lidos, mas estou grata por ter conseguido ao menos finalizar a leitura desses três.

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❤ Até o próximo post! ❤

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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