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Três autores contemporâneos que quero ler (e cujas línguas não são o inglês)

Atualizado: 6 de abr. de 2020


Foto: Acervo Wix

Já faz algum tempo que venho pensando sobre encontrar autores estrangeiros que eu ainda não conheço, procurar por suas obras e tentar dar uma chance às que me parecerem mais atraentes. E acho que chegou o momento de eu finalmente começar a por a mão na massa. Para o pontapé inicial eu selecionei três países/autores que me chamam a atenção, cada um por motivos diferentes. Ah, e vale ressaltar que todos os escritores dessa lista continuam ativos e fazendo grande sucesso.

KYUNG SOOK SHIN - COREIA DO SUL

Quem me acompanha há algum tempo já deve ter percebido que meu interesse pela cultura coreana não é pequeno. Começou com as séries produzidas no país, às quais comecei a assistir lá em 2015, depois conheci um pouco de música coreana, mas como não costumo acompanhar cantores e bandas, não me estendi pelo campo e hoje em dia conheço apenas alguns grupos mais famosos. Também fiz os dois cursos oferecidos na minha faculdade sobre cultura coreana, o que aumentou ainda mais minha curiosidade pela península. Para quem não sabe, entrar de novo na Letras em algum momento e ir para a habilitação do coreano é um desejo bem forte meu.

E, como amante de livros, não havia como não me interessar pela literatura produzida ali. Aliás, esse é um dos fortes motivos que me fazem querer fazer a graduação - língua e cultura posso aprender em outros lugares, mas estudar a literatura são outros quinhentos e acho que eu só conseguiria fazer isso na faculdade mesmo. Nas minhas andanças pela internet acabei encontrando um livro cuja história me chamou bastante a atenção. A premissa é muito boa e possibilita bastante aprofundamento. Parece ser uma obra capaz de explorar bastante as relações humanas e o ser humano em si.

Aproveitei para pesquisar um pouco sobre a autora e descobri que ela na verdade já é bem famosa. Kyung Sook Shin é considerada um dos membros de 386 Generation, uma geração de sul-coreanos nascidos nos anos 1960 bastante ativos politicamente e que tiveram um papel importante para a instalação da democracia no país na década de 1980. Ela foi a primeira mulher a conquistar o Prêmio Man de Literatura Asiática, em 2012, exatamente com esse o livro que escolhi para essa lista, Por favor, cuide da mamãe. Confiram a sinopse da obra:

Park So-nyo, 69 anos, mãe de cinco filhos, desapareceu.

Ao chegar a Seul para visitá-los, saindo de sua aldeia com o marido, com quem é casada há mais de 50 anos, ela é deixada para trás em meio à multidão em uma plataforma da estação de metrô. Como fez a vida toda, ele simplesmente supôs que a esposa o seguia. Essa é a última vez em que Park é vista.

Começa então a procura, liderada pelos filhos e o marido, que se transforma em uma exploração emocional repleta de remorso e marcada pela triste descoberta de uma mulher que ninguém nunca conheceu.

Narrado pelas vozes de uma filha, de um filho, do marido e da própria mulher desaparecida,Por favor, cuide da Mamãe é, ao mesmo tempo, um retrato da Coreia do Sul contemporânea e uma história universal sobre família e amor.

HARUKI MURAKAMI - JAPÃO

Vejo as obras de Murakami há anos, tanto na internet quanto fisicamente quando visito livrarias, mas nunca parei para ler um pouco sobre o autor nesses momentos, então aproveitei para fazer isso quando resolvi escrever esse post. Acabei descobrindo que ele escreve livros há décadas e tem dezenas de livros publicados, com títulos mais realistas e outros que se aprofundam mais no imaginário. Acho que a obra mais famosa do autor, ao menos atualmente, é a trilogia 1Q84 - foi até por ela que prestei atenção em seu nome pela primeira vez.

Mas depois de ler essa postagem aqui (em inglês), no site Book Oblivion, decidi que começaria a ler os livros do autor pela obra que o transformou em um "ícone cultural", ainda nos anos 1980, Norwegian Wood. Pelo que eu pesquisei houve até uma adaptação da história para longa metragem em 2010, lançada no Brasil com o título Como na canção dos Beatles: Norwegian Woods, mas parece que o filme não fez muito sucesso. De toda forma, quero tentar assistir à obra depois de ler o livro para tirar minhas próprias conclusões.

Com mais de quatro milhões de cópias vendidas no Japão, é um romance de formação com toques autobiográficos, ambientado na Tóquio do final da década de 1960, que narra a iniciação amorosa do jovem estudante de teatro Toru Watanabe. Solitário, ele mora em um alojamento estudantil só para homens e dedica seu tempo a identificar e refletir sobre as peculiaridades dos colegas. Um dia, Toru reencontra um rosto de seu passado: Naoko, antiga namorada de seu grande amigo de adolescência Kizuki antes deste cometer suicídio. Marcados por essa tragédia em comum, os dois se aproximam e constroem uma relação delicada onde a fragilidade psicológica de Naoko se torna cada vez mais visível até culminar com sua internação em um sanatório. Tem início então um período de grande dilema para o jovem Toru: uma encruzilhada entre o compasso de espera pela recuperação de Naoko e os encantos de uma outra vida, mais vibrante, personificada pela exuberante e liberada Midori mas também por sua relação com uma mulher mais velha, Reiko. Ambientado em meio à turbulência política da virada dos anos 1960 para os anos 1970, Norwegian Wood, como a canção dos Beatles que lhe empresta o título, é uma balada de amor e nostalgia cuja rara beleza confirma Murakami como uma das vozes mais talentosas da ficção contemporânea.

ELENA FERRANTE - ITÁLIA

Foto: Mumsnet

Elena Ferrante faz sucesso há anos com seus livros, mas ninguém sabe de fato quem ela é (apesar de haver especulações). De toda forma, os livros assinados pelo pseudônimo são bastante aclamados, principalmente os que fazem parte da chamada Tetralogia Napolitana, uma série de livros que narra a história de amizade agridoce entre duas mulheres ao longo de décadas, relacionando as pequenas coisas com o cenário político italiano.

A Tetralogia fez tanto sucesso que foi até adaptada para série pela HBO. Ainda não assisti aos oito episódios disponíveis na Netflix, mas acho que essa primeira temporada diz respeito ao primeiro dos quatro livros, A amiga genial (os outros três são A história do novo sobrenome, História de quem foge e de quem fica e História da menina perdida). Uma amiga próxima assistiu a série e me recomendou muito que eu fizesse o mesmo, o que só me deixou com ainda mais vontade de ler os livro também, além de ver a série.

A Série Napolitana, formada por quatro romances, conta a história de duas amigas ao longo de suas vidas. O primeiro, A amiga genial, é narrado pela personagem Elena Greco e cobre da infância aos 16 anos. As meninas se conhecem em uma vizinhança pobre de Nápoles, na década de 1950. Elena, a menina mais inteligente da turma, tem sua vida transformada quando a família do sapateiro Cerullo chega ao bairro e Raffaella, uma criança magra, mal comportada e selvagem, se torna o centro das atenções. Essa menina, tão diferente de Elena, exerce uma atração irresistível sobre ela.

As duas se unem, competem, brigam, fazem planos. Em um bairro marcado pela violência, pelos gritos e agressões dos adultos e pelo o medo constante, as meninas sonham com um futuro melhor. Ir embora, conhecer o mundo, escrever livros. Os estudos parecem a melhor opção para que as duas não terminem como suas mães entristecidas pela pobreza, cansadas, cheias de filhos. No entanto, quando as duas terminam a quinta série, a família Greco decide apoiar os estudos de Elena, enquanto os Cerrulo não investem na educação de Raffaella.

Durante o processo de produção desse post eu acabei ganhando um sorteio no instagram da editora Alfaguara que meu deu direito a receber sete livros de Murakami, o que me deixou feliz tanto pelo presente (amo receber livros) e pelo autor ser alguém cujas obras eu já estava curiosa para ler. Um dos livros que escolhi foi Norwegian Wood, mas ele estava fora de estoque, então talvez eu escolha outra obra para iniciar minhas leituras do Murakami. De toda forma, meu acesso aos livros dele já foi extremamente facilitado :)

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❤ Até o próximo post! ❤

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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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