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Odisseia, de Homero


Título: Odisseia

Tradução: Frederico Lourenço

Livro na Amazon: livro físico


"A mãe pôs num cesto toda a espécie de comida que alegra / o coração; pôs também iguarias, e vinho verteu num odre / de pele de cabra"


A primeira vez em que peguei Odisseia para ler foi bem no começo da faculdade, na disciplina de Estudos Clássicos. Naquela época li apenas o canto inicial da obra, mas aprendi muita coisa bacana sobre a história, o hexâmetro dactílico (a métrica desse tipo de verso, do qual sinceramente me lembro bem pouco), sobre epítetos e mais dados e estudos interessantes, penso eu, para qualquer apaixonado por livros e mitologia.


Entre eles, a questão da autoria do poema - nós não temos certeza quanto a autoria da Odisseia (e o mesmo vale para a Ilíada). Sabemos que Homero existiu, mas as aventuras da obra, que eram transmitidas de forma falada, podem ter sido criadas por vários diferentes contadores de histórias, cada um adicionando um ponto ao conto, até finalmente serem reunidas em algo único, de forma escrita.



Tendo sido composto há milhares de anos, não é estranho que vários dos temas sejam apresentados de forma não condizente com os ideais que buscamos (e não necessariamente alcançamos) atualmente. As mulheres são secundárias no âmbito geral - mesmo Penélope, cujo grande mérito é ter esperado vinte anos pelo marido e resistido a outras propostas matrimoniais (há um quê romântico aqui, mas a abordagem do poema não parece ser por esse ângulo) -, a escravidão é comum e corriqueira, a resolução de conflitos pela luta e ameaças de morte ou tortura são frequentes. Todas essas características incomodam tanto por sua faceta cruel tanto pelo fato de nossa realidade, apesar de todos os avanços, ainda se parecer bastante com esses cenários.


O que me conquista de fato no livro é a construção da narrativa, como somos levados por essa teia de histórias em uma viagem cheia de aventuras e desventuras, impregnada de seres e acontecimentos mitológicos. Me interessam as formas de tratamento, as referências e os vários planos em que os acontecimentos se sucedem. É um poema incrível, que não só por sorte sobreviveu a todo esse tempo, como bem sabemos.



A tradução em que li, de Frederico Lourenço, é voltada para o público geral, de forma que a leitura seja feita sem grandes obstáculos. Além disso, essa edição da Penguin Companhia conta com vários textos extras para quem quer conhecer um pouco mais sobre a obra. Li apenas uma parte deles e quero retomar o livro em algum momento (esperançosamente não tão distante) para ler o restante hehe.


Quem já leu ou tem vontade de ler a Odisseia? Será que consegui dar um empurrãozinho amigo para quem está querendo ler fazer isso?


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❤ Até o próximo post! ❤



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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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