Orgulho e preconceito em Graphic novel
- Fernanda Palhari
- 9 de ago. de 2020
- 3 min de leitura

Título original: Pride and Prejudice
Autoria: Ian Ediginton e Robert Deas
Tradução: Fernanda Variani e Gregório Bert
Editora: Nemo
Qualquer coisa que faça referência à Orgulho e preconceito capta minha atenção no mesmo instante. Não importa se é uma adaptação do livro original para algum outro formato ou se é uma história nova inspirada no enredo ou nos personagens de Austen, se alguém diz Darcy ou Bennet vou fazer questão de apurar os ouvidos para saber do que estão falando. E com essa graphic novel, é claro, não foi diferente.
Não consegui lê-la assim que soube de sua existência - na verdade o livro ficou um bom tempo na minha listinha da Amazon -, mas ela estava sempre ali, me olhando enquanto eu a encarava de volta, até que a comprei em meados desse ano. É minha segunda GN, apesar de minha primeira experiência com esse tipo de leitura ter sido ótima. No fim das contas acabo sempre priorizando romances (novels; não necessariamente românticos) e deixando outros formatos de lado - vamos torcer para que aos poucos eu continue fazendo mudanças nesse cenário.

Já fiz uma resenha sobre essa mais famosa obra de Austen aqui no blog - é antiga, mas está valendo - então não vou me alongar muito quanto ao enredo e focar na adaptação em si. O livro original tem um tamanho considerável, cheio de pequenos detalhes que fazem da história o que ela é, tornando razoável que se nutra um certo receio quanto a se a graphic novel acabaria sendo superficial - afinal, o espaço para o texto escrito aqui é bem menor.
Mas eu havia me esquecido que, justamente por ser uma GN, ela possui outras ferramentas para transmitir a passagem do tempo, o humor das cenas e os sentimentos dos personagens, os cenários estonteantes; eu havia me esquecido que as artes, os desenhos são capazes de transmitir tudo isso muito bem - não é à toa que a frase "uma imagem vale mais que mil palavras" é um ditado tão popular, mesmo que nem sempre verdadeiro. E a arte de Robert Deas é cativante.

Fiquei encantada em perceber como o livro conseguiu me manter atenta, como a história se desenrolou com a angústia e a leveza necessárias para cada parte, como um olhar entre os personagens conseguia me prender tanto. E, principalmente, como a cena final me fez chorar, algo que não me lembro de ter acontecido em nenhuma das vezes em que li as últimas páginas do romance de Austen.
Quando peguei a obra para ler, imaginei que a terminaria em uma ou duas sentadas, mas acabei descobrindo que eu teria que apreciá-lo em pequenas doses. Não sei se por ter lido a história original, mas a sensação era de que acontecia muito em um curto espaço, e eram necessárias pausas para que o que eu havia lido (em texto e em imagem) pudesse ser processado. O texto de Ian Edginton casa perfeitamente com os desenhos de Deas, e o resultado dessa mescla é uma adaptação digna da obra original.

Quem mais aí é fã de OeP? ELe é seu livro favorito de Austen ou algum outro ocupa o primeiro lugar no coração?
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