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Relendo Coroa da meia-noite - Leitura Coletiva de ToG

Atualizado: 16 de abr. de 2020



O livro de março da Leitura Coletiva de Trono de vidro foi Coroa da meia-noite e, nesse mês, tivemos uma mudança importante no projeto: começamos a usar um grupo no Telegram para fazer a discussão da leitura :) Quem quiser participar das próximas discussões, é só entrar por esse link aqui. E se você não está lendo os livros na LC, mas também é fã de TOG e quer conversar sobre esse universo criado pela Maas, também é muito bem-vindo!


O primeiro volume da série, apesar de já apresentar elementos que serão importantes nos próximos livros, ainda funciona mais como uma obra introdutória ao mundo e à verdadeira história a ser explorada em Trono de vidro. É em Coroa da meia-noite que começamos a entender de fato qual a natureza dos males que assombram o castelo, contra os quais Elena convoca Celaena no livro um, e a compreender melhor quem de fato é Celaena Sardothien.


É claro que nós já somos conquistados pela protagonista e pela história logo no primeiro volume. Acompanhamos os desafios de Celaena, somos apresentados a sua sagacidade e irreverência, entendemos um pouco da história da personagem, o contexto atual de Erilea e o funcionamento da corte em Forte da Fenda. Mas é no segundo volume que a autora nos permite ter mais vislumbres da real extensão do mal no castelo de vidro, como ele se conecta com o rei e com os acontecimentos dos últimos dez anos, que envolvem a queda de reinos outrora poderosos e a enorme expansão dos domínios de Adarlan.



Em Coroa da meia-noite consegui me afeiçoar mais aos personagens principais, apesar de ter algumas críticas em relação ao comportamento deles. Ao mesmo tempo que repreendo Celaena por tentar fugir do passado, consigo compreender a necessidade que ela sente de deixar tudo enterrado dentro de si. Da mesma forma que apesar de xingar Chaol mentalmente pela lealdade cega ao rei e ao reino, entendo que essa lealdade é tudo o que lhe restou após abdicar de seu lugar como herdeiro de Anielle. Quanto a Dorian, minhas críticas vão à sua ingenuidade e alheamento em relação ao verdadeiro estado do mundo ao seu redor, moldado pelo rei, mas nesse caso acho que o ponto é apenas ele ter se mantido por tempo demais dentro do seu próprio mundo, e percebemos que aos poucos ele está caminhando para explorar novas verdades. Os três estão, cada um à sua maneira, em um momento de saída do próprio casulo cuidadosamente construído em volta de si.



Algo que sempre me espanta nos livros de Trono de vidro é o quanto de coisa se desenrola em tão pouco tempo. Nesse segundo volume, o período da primeira à última página é de cerca de um mês - e o livro está recheado de acontecimentos e revelações. Nos são introduzidos novos personagens, novas facetas ou visões mais profundas do "verdadeiro eu" de personagens que já conhecíamos, novos povos e novas histórias de acontecimentos passados. É muita informação (mas eu não estou reclamando). Uma das minhas características preferidas da escrita da Maas é a capacidade da autora para criar mundos enormes e detalhados.


A maior presença das bruxas é uma das minhas características preferidas do livro, assim como os parágrafos dedicados à perspectiva do rei. Não que eles sejam enfocados por muito tempo, mas o pouco que aparecem já revela bastante coisa. Ah, e também é nesse volume que aprendemos mais sobre a resistência que vem sendo criada na capital.



Experiência de releitura e quotes

Sendo essa uma experiência de releitura, fiz largo uso de post its para marcar todo e qualquer trecho que eu visse como importante ou cujo tema/acontecimento eu sabia que seria retomado em volumes posteriores da série. O único problema foi minha cartela ter acabado e eu ter esquecido que tinha outra em casa (e nesse momento, devido ao vírus, não podemos simplesmente ir até uma papelaria comprar outra). Li mais umas duzentas páginas até perceber que eu tinha outros post its e, por consequência, retomar a marcação de trechos. Então agora preciso reler rapidamente o miolo do livro para encontrar as partes que queria marcar - não sei porque não anotei no celular ou em um pedaço de papel, não me perguntem. Quero começar a digitar esses trechos depois que fizer essa retomada, mas por enquanto, deixarei alguns quotes por aqui, assim como fiz no post sobre o primeiro livro.


"Parecia que ela jamais havia partido. Como se pudesse olhar por cima do ombro e encontrar Sam Cortland agachado atrás de si." (p. 41)


"Na verdade, o mausoléu inteiro era estranho. Estrelas tinham sido gravadas no chão, e árvores e flores adornavam o teto arqueado. [...] A bainha de Damaris estava decorada com algumas marcas de Wyrd. Tudo parecia conectado com aqueles símbolos infernais." (p. 55)


"Já é tarde demais. É tarde demais há anos. Onde estava Elena dez anos antes, quanto havia uma vastidão de heróis que ela poderia ter escolhido?" (p. 57)


"Foi por isso que o rei de Adarlan atacou primeiro Terrasen. Porque era a mais forte e porque, se Terrasen tivesse a chance de levantar um exército contra ele, Adarlan teria sido aniquilada. Meu pai ainda diz que, se Terrasen se erguesse novamente, poderia ter uma chance; seria uma ameaça genuína a Adarlan." (p.78)


"De todos os reis e imperadores que a cortejaram com promessas de riquezas além da imaginação, foi o presente do cavaleiro, de vê-la por quem era - e não pelo que era - que conquistou seu coração" (p. 121)


"Aprendera algumas línguas antes - o suficiente para se virar em lugares onde as leis da língua de Adarlan ainda não tinham se enraizado -, mas marcas de Wyrd eram completamente diferentes." (p. 141)


"Três anéis combinando; três anéis pretos para significar - o quê? Que estavam de alguma forma ligados um ao outro?" (p. 144)


"A pedra rachou sob sua mão.

Não uma rachadura pequena, mas como uma teia de aranha que continuou crescendo e crescendo em direção à janela à direita, até que...

A janela explodiu." (p. 145)


"A lealdade do capitão era de Dorian e do rei. Sem lealdade, ele não era ninguém. Sem ela, teria desistido da família, do título, por nada." (p. 150)


"- Bem-vindos! Bem-vindos! - gritou uma mulher idosa, curvada e retorcida pela idade, de um pódio na base das escadas. Uma coroa de estrelas adornava seu cabelo prateado, e embora o rosto bronzeado estivesse flácido e manchado, havia um brilho nos olhos castanhos dela" (p. 156)


"E na beira gramada do outro lado estava o cervo branco, observando-a com olhos antigos [...] Tinha sido em uma noite fria como aquela que ela o vira pelas grades do vagão da prisão, a caminho de Endovier, o lampejo de um mundo antes de ter sido queimado até as cinzas. [...]

Avaliou o teto, as leves sombras projetadas pelas luzes da cidade a distância. Era sempre o mesmo sonho, sempre naquela única noite" (p. 164-5)


"Celaena não pensou duas vezes antes de liberar o monstro dentro de si mesma" (p. 365)


"O rei jamais descobrira algo sobre a marca que brilhara na cabeça da campeã durante o duelo. A marca de Wyrd era impossível de decifrar. Significava 'sem nome', ou 'inominável', ou algo próximo de 'anônima'". (p. 386)


Estou gostando demais de fazer essa releitura, poder voltar para o universo de TOG e conversar sobre ela com outros fãs da série!



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❤ Até o próximo post! ❤



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Fernanda Palhari ama ler e falar sobre livros, organização e desenvolvimento pessoal, gosta de visitar e indicar locais bacanas, é adepta da yoga e tenta manter um estilo de vida saudável para o corpo e para a mente.

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